Os brasileiros que se destacaram em Economia e Negócios na década
No governo, eles criaram regras que mantém a estabilidade e solidez dos mercados; na iniciativa privada, grandes grupos nacionais
Estabilidade na economia, superávit primário recorde, desemprego em baixa e uma massa gigantesca de pessoas entrando no mercado consumidor e de trabalho. Do ponto de vista econômico, a década foi mais do que positiva para o País que, com a ajuda do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), foi marcada pela criação de grandes grupos econômicos brasileiros. Aqui estão alguns homens e mulheres que ajudaram a criar e se aproveitaram desse cenário para lucrar.
André Esteves
Primeiro, o banqueiro André Esteves vendeu o Banco Pactual para o suíço UBS. Três anos mais tarde, Esteves recomprou o Pactual – e por um preço inferior ao da venda inicial. Na recompra, Esteves já tinha criado a Banking and Trading Group (BTG), empresa de investimentos e estruturação de negócios. Nessa fase, o apetite ficou mais voraz: o BTG lançou-se em uma série de aquisições, entre as quais figuraram a de uma fatia da Mitsubishi do Brasil, a da rede de estacionamentos Estapar, o Hospital São Luiz e a da rede de farmácias Farmais. Em dezembro, 18% do BTG foi vendido a um consórcio formado por fundos soberanos de Cingapura, China e Abu Dhabi, que estão entre os maiores do mundo, e investidores como as famílias Agnelli, dona da Fiat, e a dos banqueiros Rothschild. Um ano e meio depois da volta, o banco tem negócios de US$ 10 bilhões e patrimônio de US$ 4,5 bilhões, com atuações nas mais variadas áreas.
Foto: Bloomberg /Getty Images
Eike: na oitava posição no ranking anual dos bilionários do mundo pela Forbes
Foto: Bloomberg /Getty Images
Eike: na oitava posição no ranking anual dos bilionários do mundo pela Forbes
Eike Batista
Em 1998, quando a modelo Luma de Oliveira desfilou no Carnaval do Rio com uma coleira em que se lia “Eike”, era bem mais raro encontrar, fora do mundo empresarial, alguém que soubesse quem, afinal, era o homenageado pela musa, então casada com o empresário. Na primeira década do século XXI, Eike Batista virou protagonista. Com a multiplicação de seus negócios, encabeçados pela holding EBX, Eike apareceu em 2010 na oitava posição no ranking anual dos bilionários do mundo elaborado pela revista Forbes, com fortuna estimada em US$ 27 bilhões.
Foto: Agência Estado
Sicupira: Burger King e Budweiser, dois ícones americanos nas mãos de brasileiros
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira
A fama do trio de investidores é antiga. Eles ingressaram no mercado financeiro no início da década de 1970 antes de se lançarem às aquisições de empresas da chamada economia real – em 1982, compraram a Lojas Americanas, e em 1989, a Brahma. Nesta década, incluíram dois ícones do capitalismo norte-americano em seus currículos: a Budweiser, cerveja mais consumida do mundo (a partir da compra da Anheuser-Busch pela InBev, fruto da união entre AmBev e Interbrew) e, em 2010, o Burger King, segunda maior rede de fast food do planeta.
Rubens Ometto
No perfil que acompanha seu nome na lista da revista Forbes com as maiores fortunas do mundo em 2010, Rubens Ometto é descrito como “o primeiro bilionário do etanol”. O dado sobre o executivo, filho de uma família que atua no setor há quatro gerações, é válido, mas há outros também eloquentes. A Cosan é a maior exportadora mundial de açúcar e etanol e nesta década, período em que Ometto liderou o grupo, lançou suas ações na Bolsa de Nova York e realizou uma série de aquisições – entre elas, a da Esso, propriedade da ExxonMobil até 2008.
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Joesley: maior empresa de proteína animal do mundo
Joesley Batista
Quando nasceu, em 1953, a JBS era apenas um minúsculo frigorífico de Anápolis, em Goiás. Nada faria crer que empresa, com capacidade de abater apenas cinco cabeças por dia, se tornaria a maior da indústria de carne bovina do mundo. Pois ela o é. A posição foi alcançada nesta década, sob o comando de Joesley Batista. Filho de José Batista Sobrinho, o fundador,com uma série de aquisições, que incluiu a rival Bertin e a Pilgrim's Pride, segunda maior processadora de carne de frango dos EUA.
Henrique Meirelles
À frente do Banco Central desde 2003, Meirelles é até hoje o mais longevo presidente da instituição. No período, enfrentou fortes ataques especulativos contra o real, ameaças de inflação sempre combativas com altas na taxa básica de juros e pressões das mais variadas frentes para que o País deixasse de ter as taxas entre as mais altas do mundo. Mesmo com a valorização expressiva do real, manteve a inflação dentro da meta.
Abilio Diniz
Presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz comandou uma revirada na rede varejista. Colocou um interventor no cargo de presidente e foi o principal articulador para a compra da rede Ponto Frio, em 2009, pela quantia de R$ 824,5 milhões, lançando o Grupo Pão de Açúcar novamente à liderança do mercado varejista. Também esteve a frente da compra da Casas Bahia e criou um complexo varejista maior do que Walmart e Carrefour.
Almir Barbassa
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, é conhecido como o executivo que apostou na existência do pré-sal. Além disso, também conduziu uma das maiores capitalizações da história das bolsas de valores do mundo. Após a capitalização em setembro deste ano, a Petrobras passou a ser a 4ª maior empresa do mundo, valendo cerca de US$ 217 bilhões, mais do que companhias como a Microsoft, o Walmart e a General Electric.
Maria Helena Santana
Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde 2006, Maria Helena é formada em economia pela Universidade de São Paulo e fez carreira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), como superintendente de relações com empresas. Sob sua gestão, houve aumento da transparência das normas e práticas brasileiras aos padrões internacionais. A CVM também tornou-se signatária de um mecanismo de cooperação e troca de informações entre reguladores de 60 países.
Foto: Agência Estado Luiza Helena: jeito único de motivar funcionários construiu terceira maior rede varejista do País
Foto: Agência Estado
Luiza Helena: jeito único de motivar funcionários construiu terceira maior rede varejista do País
Luiza Helena Trajano
Luiza Helena Trajano é conhecida pela loquacidade. A superintendente da rede Magazine Luiza montou um processo único de motivação e comunicação com os funcionários e conseguiu construir a terceira maior rede varejista do País. Originária de Franca, no interior de São Paulo, a rede varejista marcou sua chegada a São Paulo, em 2007, abrindo simultaneamente 35 lojas. Com faturamento estimado em R$ 3,8 bilhões em 2009, a companhia está presente hoje em sete Estados, com 457 lojas. Em 2010, a empresa comprou a Lojas Maia por R$ 290 milhões e consolidou sua presença no nordeste brasileiro.
Fonte: IG
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