Posto Samaritano João Pessoa oferece apoio emocional para quem passa por sofrimentos intensos
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A prevenção do suicídio se faz com aceitação e compreensão
Nenhum ser humano pode dizer que “jamais pensará em suicídio”. Nossa sensibilidade é o passaporte para a escura terra da dor e do sofrimento, de onde a morte parece ser por vezes, a única saída.
“Prevenção do suicídio” é uma expressão de força, de impacto, para a ação silenciosa dos voluntários. Ela nos faz recordar de imagens de policiais e enfermeiros procurando impedir uma tentativa de suicídio. Mas, se a expressão for usada no sentido da Medicina Preventiva, então estaremos descrevendo um dos aspectos mais importantes do trabalho.
O médico vacina pessoas, visando desenvolver-lhes resistência contra as doenças. Nós vacinamos pessoas através da aceitação e de compreensão, para que elas desenvolvam força e confiança em si mesmas e, dessa forma, adquiram rsistência contra a doença do desespero.
A partir do momento em que um ser humano se colocou em disponibilidade para ouvir com compaixão o desabafo das angústias de outro, pode-se dizer que começou o trabalho de prevenção do suicídio. É o trabalho de doação de apoio e calor humano, da amizade atuante ou do “befriending” (tratamento como amigo) dos ingleses.
Entretanto, foi somente a partir da 2ª Guerra Mundial, na Europa e nos Estados Unidos, que começaram a se formar grupos de pessoas (profissionais ou voluntários) com a estrita finalidade de prevenir o suicídio. Pessoas que se colocavam à disposição dos desesperados com o objetivo de lhes aliviar o sofrimento e despertar-lhes o valor da vida.
De todas as entidades que foram se formando, uma delas se projetou mais, graças aos resultados dos trabalhos que vem desenvolvendo. Trata-se de “Os Samaritanos”, entidade fundada na Inglaterra no início dos anos 50, pelo Rev. Chad Varah. Embora ganhasse estrutura naquela ocasião, “Os Samaritanos” já existiam desde 1936. Naquele ano, o jovem Rev. Varah, recém-formado pela Igreja Anglicana, fora designado para proceder ao ofício fúnebre de uma jovem de 14 anos que se suicidara, porque, ao perceber apavorada os primeiros sinais da menstruação, achou que havia contraído uma moléstia venérea, e deu fim à própria vida. Após fazer a encomendação do corpo, Chad Varah voltou para casa e escreveu para um pequeno jornal de Londres, dizendo-se disponível em sua casa para “ouvir seriamente as pessoas falarem de assuntos sérios”. E, a partir daquele momento, o Rev. Varah não mais descansou; já no dia seguinte à publicação de seu artigo, recebia a visita de uma pessoa do Continente, isto é, alguém que atravessara o Canal da Mancha somente para se abrir com o homem que se propunha a ouvi-la.
Assim são os “Samaritanos” – pessoas disponíveis, dispostas a ouvir, pessoas que não têm conselhos para dar, mas que têm a si mesmas para dar. Pessoas que não estão preocupadas com um problema de seu próximo, mas estão preocupadas com o próximo integralmente, como uma pessoa, e não como um caso a mais dentre os numerosos problemas da humanidade.
O Centro de Valorização da Vida (CVV), há 48 anos no Brasil, desenvolve o Programa CVV de Valorização da Vida e Prevenção de Suicídio.
Em João Pessoa, o Posto Samaritano - integrado ao CVV, oferece apoio emocional àqueles que estão passando por sofrimentos intensos, de forma sigilosa e anônima, através de voluntários aptos a realizarem uma relação de ajuda através do diálogo com a pessoa que liga ou vai diretamente em sua sede.
Os contatos podem ser feitos pelo telefone (83) 3224-4111, ou na Rua Rui Barbosa, s/n, bairro da Torre, no prédio do antigo Lactário.
As pessoas que desejarem desenvolver o trabalho do CVV como voluntários poderão receber informações pelo mesmo telefone ou pelo e-mail:joaopessoa@postosamaritano. org.br
Do Posto Samaritano João Pessoa.
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