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241 mil famílias jogam lixo nas ruas


Na Paraíba, mais de 241 mil famílias jogam todo o lixo que produzem na rua, em terrenos baldios, rios, ou mangues. Segundo dados do Censo Demográfico realizado, em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a coleta de lixo está disponível em apenas 77,66% dos domicílios. Dar um destino ao lixo e manter o equilíbrio do meio ambiente através da reciclagem do lixo produzido pela população é a idéia do projeto que está sendo desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em parceria com a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).

O coordenador do projeto, professor do departamento de Comunicação e Turismo da UFPB Júlio Pinho, falou que a ideia é ensinar maneiras sustentáveis de fazer artesanato a partir do lixo e gerar outra fonte de renda para as famílias dos agentes de limpeza da cidade de João Pessoa. “É necessário conscientizar a população da necessidade de proteger o meio ambiente. É nosso dever como cidadão. Por isso, estamos desenvolvendo o trabalho com os agentes de limpeza que lidam diariamente com o lixo produzido por nós”.
No projeto são realizadas oficinas de artesanato com agentes de limpeza e agentes ambientais da coleta seletiva de lixo. O material utilizado para confeccionar os produtos são jornais, papelões, revistas e garrafas plásticas. Eles produzem jarros, bijuterias, cestas, luminárias, bancos e outros objetos.
Os primeiros trabalhos produzidos nas oficinas de artesanato, através do lixo recolhido, estão em exposição no hall da reitoria da UFPB, em João Pessoa, até amanhã, das 8h às 18h. Na ocasião, os visitantes também poderão aprender a fabricar sabão ecológico com restos de óleo de cozinha que é recolhido pelos agentes ambientais da coleta seletiva.

“Aprendi a preservar o meio ambiente e ganhar dinheiro com o lixo”. Esse foi o relato de Adonias da Silva um dos alunos do projeto, que trabalha há 23 anos como agente de limpeza na Capital. De acordo com o último Censo Demográfico, em 2010, do IBGE, existem na Paraíba 1.080.672 domicilio nos 223 municípios. Deste total, existe coleta de lixo, ou seja, são destinados os resíduos produzidos em apenas 839.311 domicílios. Nos outros 241.351 domicílios restantes todo o lixo produzido é jogado nos terrenos baldios, rios, mangues e no meio da rua. O professor informou que o projeto que está sendo financiado pelo Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e conta a participação de três professores e seis bolsistas, entre universitários da UFPB e estudantes do ensino médio da rede estadual. Os estagiários atuam como monitores nas oficinas que são desenvolvidas na sede da Emlur, sempre aos sábados à tarde. 

Leptospirose

A Vigilância Ambiental de Campina Grande realizou um mapeamento das áreas de risco de transmissão da leptospirose e foram detectados 323 imóveis com focos de fezes de rato. Os agentes de combate à endemia estão realizando campanha de combate ao roedor e já desratizaram 20% das residências onde foram encontrados os focos. Até ontem nenhum caso de leptospirose havia sido registrado na área de Campina, abrangida por cerca de 50 bairros e mais dois distritos. Em 2010 foram detectados 465 imóveis, que foram desativados, este ano já foram detectados 323 imóveis com presença das fezes através de solicitações e denúncias da comunidade, além do trabalho de mapeamento da vigilância ambiental.

Gledjane Maciel e Erika Castro
 
 
Fonte: Correio da Paraíba 
 
 
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